Hipodermóclise, uma técnica alternativa para a Adm de medicamentos e líquidos em pacientes com dificuldade de acesso venoso.
A Hipodermóclise é uma técnica alternativa de administração de fluidos e medicamentos que tem ganhado cada vez mais destaque na prática clínica, especialmente em pacientes idosos e em cuidados paliativos. A técnica consiste na infusão de soluções isotônicas e medicamentos em tecido subcutâneo, permitindo a absorção lenta e gradual pelos vasos linfáticos e sanguíneos. Neste artigo, vamos abordar todos os aspectos relevantes sobre a Hipodermóclise, desde sua história até as indicações e contra indicações.
A Hipodermóclise foi desenvolvida no final do século XIX, como uma alternativa à administração intravenosa, que ainda não era segura ou amplamente utilizada. A técnica foi descrita pela primeira vez por Lewis e Lewis em 1911, que utilizaram a técnica para administrar soluções salinas em pacientes com insuficiência cardíaca. Com o tempo, a Hipodermóclise foi perdendo espaço para a administração intravenosa, mas voltou a ser utilizada com mais frequência a partir dos anos 80, especialmente em pacientes idosos e em cuidados paliativos.
A técnica da Hipodermóclise é relativamente simples e pode ser realizada em qualquer ambiente clínico, incluindo hospitais, clínicas e até mesmo em domicílio. Para realizar a técnica, é necessário:
A Hipodermóclise pode ser utilizada em uma ampla gama de situações clínicas, desde a administração de fluidos para prevenção e tratamento de desidratação, até a administração de medicamentos para controle de dor, náuseas e vômitos, por exemplo. Algumas das principais indicações da Hipodermóclise incluem:
O volume adequado de medicamentos e líquidos a serem infundidos através da Hipodermóclise pode variar de acordo com as necessidades do paciente e a condição clínica em que se encontra. Em geral, é recomendado infundir até 1000 ml de líquidos por dia, divididos em doses menores e infundidos lentamente.
No que diz respeito aos locais adequados para infusão, é possível realizar a técnica da Hipodermóclise em diversas regiões do corpo, como abdômen, coxa, braço e região dorsal. É importante escolher um local que seja seguro e confortável para o paciente, evitando áreas com lesões, cicatrizes ou infecções.
Assim como qualquer outra técnica de administração de medicamentos, a Hipodermóclise apresenta algumas contraindicações que devem ser levadas em consideração antes da sua utilização. Algumas das principais contraindicações incluem:
Embora seja considerada uma técnica segura e eficaz, a Hipodermóclise pode apresentar algumas complicações, especialmente se não for realizada corretamente ou em condições inadequadas. Algumas das principais complicações incluem:
Para garantir a segurança e eficácia da técnica de Hipodermóclise, é necessário seguir alguns cuidados específicos durante a sua administração. Algumas das principais recomendações incluem:
A Hipodermóclise é uma técnica alternativa de administração de fluidos e medicamentos que apresenta algumas vantagens em relação à administração intravenosa, especialmente em pacientes idosos e em cuidados paliativos. Embora seja considerada uma técnica segura e
Em situações de emergência, como no caso de pacientes em estado grave ou idosos com poucas veias, a hipodermóclise pode ser uma opção mais segura e confortável do que a administração intravenosa. É importante lembrar que a hipodermóclise não é indicada para pacientes com choque, hipovolemia ou desidratação severa.
A escolha da solução a ser utilizada na hipodermóclise depende do objetivo da terapia. A solução de glicose a 5% é geralmente utilizada para a hidratação, enquanto a solução de cloreto de sódio a 0,9% é utilizada para a reposição eletrolítica. Em casos de dor intensa, pode-se utilizar a solução de lidocaína a 2%. Além disso, a administração de medicamentos por hipodermóclise pode ser uma opção viável em alguns casos, como para pacientes que precisam de analgésicos ou antibióticos.
É importante lembrar que a hipodermóclise requer um bom conhecimento técnico e habilidade do profissional de enfermagem para a sua administração adequada. O profissional deve ter um conhecimento detalhado sobre o uso de diferentes tipos de soluções, bem como sobre a técnica de administração e dispositivos.
Essencial SEMPRE ficar atento ao paciente durante todo processo, monitorando-o para detectar qualquer reação adversa.
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Um abraço, Prof. Rafa Albuquerque